sábado, 11 de junho de 2011

Perder alguém querido

SÁBADO, 11 DE JUNHO DE 2011


PERDER ALGUÉM QUERIDO


Não há palavras para expressá-la. Não há livro que a descreva. Por isso, o melhor jeito de consolar é falar pouco, orar junto,sentir junto e estar presente, cada um do jeito que sabe. Palavras não explicam a morte de alguém querido. Sabem disso o pai, a mãe, os filhos, os irmãos, o namorado e a namorada, o marido e a mulher, amigos de verdade. Quando o outro morre, parte do mistério da vida vai com ele. A parte que fica torna-se ainda mais intrigante. Descobrimos a relação profunda entre a vida e a morte quando alguémque era a razão, ou uma das razões, de nossa vida vai-se embora. Para onde? Para quem? Está me ouvindo? A gente vai se ver novo? Como será o reencontro?Acabou-se para sempre, ou ela apenas foi antes?Por que agora? Por que desse jeito? As perguntas insistem em aparecer e as respostas não aparecem claras. Dói, dói, dói e dói... Então a gente tenta assimilar o que não se explica. Cada um do jeito que sabe. Há o que bebe, o que fuma, o que grita, o que abandona tudo, o que agride, o que chora silencioso num canto, o que chama Deus para uma briga, o que mergulha no fatalismo e o que, mesmo sem entender ou crer, aposta na fé. Um dia nos veremos de novo... enquanto este dia não chegar,entes que eu amo sei que me ouvem e oram por mim, lá, junto de Deus. Para eles a vida tem, agora, uma outra dimensão.Alcançou o definitivo. Quem fica perguntando e sofrendo somos nós. Mas como a vida é um riacho que logicamente deságua, a nossa vez também chegará e, quando isso acontecer, então não haverá mais lágrimas. As que aqui ficaram chorando terão a sua explicação.Por enquanto, fica apenas o mistério. Alguém que não sabemos por que nasceu de nós e por que cresceu em nós, por que entrou tão de cheio em nossa vida, fechou os olhos e foi-se embora. Quem ama de verdade não crê que se acabou. A vida é uma só: começa aqui no tempo e continua, depois, na ausência de tempo e de limite. Alguém a quem amamos se tornou eterno. E essa pessoa já sabe quem e como Deus é. E também sabe o porquê de sua partida. Por isso, convém falar com ela e mandar recados a Deus por meio dela. Se ela está no céu, então alguém, além de Deus, de Jesus e dos santos, se importa conosco. Definitivamente, não estamos sozinhos, por mais que doa a solidão de havê-la perdido. Mas é apenas por pouco tempo. Quem amou aqui, sem dúvida, se reencontra no infinito...  Joyce filha minha como eu quero te encontrar agora nesse instante,nesse momento TE AMO FILHA.
PE. Zezinho

abraço

O ABRAÇO
Estudos têm revelado que a necessidade de ser tocado é inata no homem.
O contato nos deixa confortáveis e em paz.
O Dr. Harold Voth, psiquiatra da Universidade de Kansas, disse: "o abraço é o melhor tratamento para a depressão."
Objetivamente, ele faz com que o sistema imunológico do organismo seja ativado.
Abraçar traz nova vida para um corpo cansado e faz com que você se sinta mais jovem e mais vibrante. No lar, um abraço todos os dias reforça os relacionamentos e reduzirá significativamente os atritos.
Helen Colton reforça esse pensamento "quando a pessoa é tocada a quantidade de hemoglobina no sangue aumenta significativamente.
Hemoglobina é a parte do sangue que leva o suprimento vital de oxigênio para todos os órgãos do corpo, incluindo coração e cérebro. O aumento da hemoglobina ativa todo o corpo, auxilia a prevenir doenças e acelera a recuperação do organismo, no caso de alguma enfermidade."
É interessante notar que reservamos nossos abraços para ocasiões de grande alegria, tragédias ou catástrofes. Refugiamo-nos na segurança dos abraços alheios depois de terremotos, enchentes e acidentes. Homens, que jamais fariam isso em outras ocasiões, se abraçam e se acariciam com entusiasmado afeto depois de vencerem um jogo ou de realizarem um importante feito atlético. Membros de uma família reunidos em um enterro encontram consolo e ternura uns nos braços dos outros, embora não tenham o hábito dessas demonstrações de afeição.
O abraço é um ato de encontro de si mesmo e do outro. Para abraçar é necessário uma atitude aberta e um sincero desejo de receber o outro. Por isso, é fácil abraçar uma pessoa estimada e querida. Mas se torna difícil abraçar um estranho. Sentimos dificuldades em abraçar um mendigo ou um desconhecido. E cada pessoa acaba por descobrir em sua capacidade de abraçar seu nível de humanização, seu grau de evolução afetiva.
É natural no ser humano o desejo de demonstrar afeição. Contudo, por alguma razão misteriosa ligamos ternura com sentimentalidade, fraqueza e vulnerabilidade.
Geralmente hesitamos tanto em abraçar quanto em deixar que nos abracem.
O abraço é uma afirmação muito humana de ser querido e ter valor. É bom. Não custa nada e exige pouco esforço. É saudável para quem dá e quem recebe. Pense nisso!
Você tem abraçado ultimamente sua mulher, seu marido, seu pai, sua mãe, seu filho?
Você costuma abraçar os seus afetos somente em datas especiais?
Quando você encontra um amigo, costuma cumprimentá-lo simplesmente com um aperto de mão e um beijo formal?
A emoção do abraço tem uma qualidade especial.
Experimente abraçar mais.
Vivemos em uma sociedade onde a grande queixa é de carência afetiva.
Que tal experimentar a terapia do abraço?que se abracem todos em todos os momentos sem receio e sem restrição.um abraço no coração de todos

A cor da lagrima

A COR DA LÁGRIMA


Por que a lágrima não tem cor?
Enquanto chorava, me pus a pensar.
Se fosse 
vermelha como sangue,
as minhas vestes poderiam manchar.


Se a lágrima fosse 
amarela,
a cor da alegria, expressar tristeza jamais poderia.


Se fosse 
azul,
a cor da serenidade,
eu não choraria jamais.
Seria só tranqüilidade.


Se fosse 
branca
como pétalas de rosas,
não seriam lágrimas...
Mas pérolas preciosas.


Ainda mais uma vez
fiquei me questionando...
Por que a lágrima não tem cor?


Se ela fosse 
preta,
só expressaria o horror?

Por que será que a lágrima não tem cor?


A lágrima não tem cor...
Porque nem sempre exprime dor.

E se ela fosse 
roxa, como poderia
expressar a alegria?

As lágrimas não têm cor
porque são expressões da alma.
Quando o espírito está chorando,
o coração diz: tenha calma!

Se a lágrima tivesse cor
deveria ter a cor do amor.
Ou mesmo a cor da paixão,
que as vezes invade o coração.

Ou talvez a cor da tristeza
que abala a alma e tira a calma,
mas faz em meu ser uma limpeza.

A lágrima não tem cor,
porque ela nos aproxima do nosso Criador.
Se a lágrima tivesse cor,
eu só iria chorar de alegria.

Mas, e a lágrima da saudade?
De que cor ela seria?
E a lágrima da decepção,
de que cor seria então?

Se a lágrima tivesse cor
deveria ter a cor de um brilhante.
Como a lágrima é preciosa,
Deus deu-lhe a cor do diamante.

Wayne W. Dyer





Perder uma filha









É como acordar e ver que tudo não passou de um sonho;
É como voltar de marcha-ré todo o caminho já percorrido;
É voltar a ser uma pessoa “comum” depois de um tempo se sentindo “especial”;
É ter que esperar passar o tempo para se sentir melhor;
É sentir que tudo ficou sem graça;
É saber que isso acontece, com muitas pessoas, mas não sentir alivio por não estar sozinha!, e é péssimo!
É sentir solidão porque já havia se acostumado em vê-la todos os dias.
É procurar a causa da perda mesmo sabendo que não dá para encontrar;
É ter acreditado que comigo não aconteceria esse imprevisto e perceber que essa sensação de proteção é falsa;
É sofrer sozinha, apesar do apoio das pessoas;
É ter que encarar de frente a sensação de incompetência;
É exercitar a paciência para esperar o que o destino está guardando;
É sorrir, mas o coração esta em pedaços, e ter que caminhar com uma saudade infinita no peito..."
"Uma mãe que entrega seu filho a Deus, não é uma simples mãe, é uma mãe coragem. Olhar o sol nascer todos os dias e ver o mundo caminhar mesmo com seu coração estraçalhado, também é dom. Dom de resignação, dom de poder compreender que há mais mistérios entre o céu e a terra que nós pobres mortais podemos compreender. Dom de fé e coragem.
Com você mãe de um filho que partiu, segue uma companheira constante, a SAUDADE. Com você grande mulher, segue uma certeza: MORRER NÂO É O FIM.
Mãe que dorme e acorda todos os dias com coragem suficiente para fortalecer sua família, socorrer os aflitos, necessitados, abandonados; angustiados.
Mulher que carrega em si a força da vida. Mãe tão especial que consegue carregar uma cruz tão grande. Mulher mãe, tu sabes que a força que tens vem do amor que tudo suporta."

terça-feira, 7 de junho de 2011

Uma criança pronta para nascer perguntou a Deus:

- Dizem-me que estarei sendo enviado à terra amanhã... Como vou viver lá, sendo assim pequeno e indefeso?

E Deus disse:
- Entre muitos anjos, eu escolhi um especial para você. Estará lhe esperando e tomará conta de você.

Criança:
- Mas diga-me: Aqui no Céu eu não faço nada a não ser cantar e sorrir, o que é suficiente para que eu seja feliz. Serei feliz lá?

Deus:
- Seu anjo cantará e sorrirá para você... a cada dia, a cada instante, você sentirá o amor do seu anjo e será feliz.

Criança:
- Como poderei entender quando falarem comigo, se eu não conheço a língua que as pessoas falam?

Deus:
- Com muita paciência e carinho, seu anjo lhe ensinará a falar.

Criança:
- E o que farei quando eu quiser Te falar?

Deus:
- Seu anjo juntará suas mãos e lhe ensinará a rezar.

Criança:
- Eu ouvi que na Terra há homens maus. Quem me protegerá?

Deus:
- Seu anjo lhe defenderá mesmo que signifique arriscar sua própria vida.

Criança:
- Mas eu serei sempre triste porque eu não Te verei mais.

Deus:
- Seu anjo sempre lhe falará sobre Mim, lhe ensinará a maneira de vir a Mim, e eu estarei sempre dentro de você.

Nesse momento havia muita paz no céu, mas as vozes da terra já podiam ser ouvidas. A criança apressada, pediu suavemente:

- Oh Deus se eu estiver a ponto de ir agora, diga-me por favor, o nome do meu anjo.

E Deus respondeu:
- Você chamará seu anjo... MÃE!
Enfrentando o luto

Como a vida é delicada, frágil!... os segundos que se substituem não se repetem e o instante que vem pode transformar toda uma história em pedaços de lágrimas, onde o chão parece desaparecer sob os pés e o coração fica tão dolorido que parece que nunca vai encontrar remédio para curar-se.
Ninguém gosta de falar sobre perdas, alguns evitam até  pensar, mas todos temos que, um dia ou outro, enfrentar.
Quando pensamos na vida, não queremos pensar nas possibilidades das perdas, que nos fazem sofrer antecipada e inutilmente.
Mas se a vida é um caminho onde subimos e descemos, é também um campo onde plantamos, colhemos e onde  certas flores são carregadas tão repentinamente que nos pegam desprevenidos.  E quando isso acontece, que fazer mais que abraçar a dor e esperar que os dias seguintes nos façam acordar desse pedadelo?
Viver o luto é aceitar a dor e a partida e aprender a continuar a viver. Talvez seja justamente isso o mais difícil: viver depois, reencontrar a alegria, o gosto, reaprender a olhar o belo e desejá-lo.
Algumas pessoas desenvolvem um sentimento de culpabilidade em aceitar novamente o presente da vida, o sorriso e o recomeçar. Elas sentem como se estivessem traindo quem se foi, porque devem continuar.
Ora, o amor não diminui ou não fica diferente porque aprendemos a viver sem os que se foram. O espaço conquistado no nosso coração pelos que nos amaram e os que amamos ficará definitivamente marcado. Porém, isso não pode e não deve impedir ninguém de viver.
É preciso aprender a viver com e apesar de. É preciso aprender a viver com a dor, com a falta, com a saudade e apesar do adeus. E é preciso se reconstruir.
Completar o luto é aceitar que a última página de uma história tenha sido definitivamente virada, que aquele livro se encerrou, mas que a vida para quem fica continua.
A vida é uma dádiva do céu, que continua azul e infinito e onde as estrelas continuam a brilhar, mesmo na mais negra escuridão.

Letícia Thompson

RESIGNIFICANDO A PERDA 



É bem difícil quando se está em crise lembrar de nossas concepções de vida e combater nossos pensamentos sabotadores. Apesar de ser nestas horas que mais precisamos conseguir. Estou assim, tentando usar toda a minha capacidade de reestruturação cognitiva e emotiva em prol de ficar bem. Eu bem poderia deixar minha hiper sensibilidade aflorar pelos meus olhos, através de lágrimas infinitas. Tamanha dor e saudades de tudo que já foi, de tudo que poderia ser, de tudo que desejei que fosse, poderia deixar esta lástima me corroer, me massacrar. 

Já quis apagar da memória esta dor e só lembrar de tudo de bom que ficou, já quis voltar a ser criança e não mais ter esta consciência da perda, já quis voltar no tempo achando que assim poderia adiar o fim, já quis fugir, mas o que me ajudou mesmo foi utilizar esta perda em prol de um crescimento pessoal. 
Mas prefiro optar em usar minha capacidade de superação e mergulhar nos significados e sentidos que eu puder extrair de tudo isso. Prefiro acreditar que nada é em vão, se podemos usar de nosso coração, não só pra sofrer o luto impossível de não ser sofrido, mas também para dar novas dimensões, reflexões e interpretações aos fatos, as nossas relações e a vida em si. 

Mas não se engane, é inevitável se entrar em contato com aquela desorientação e desorganização psíquica esperada para uma perda, ainda mais nestas proporções, ainda mais com todas as transferências e projeções feitas. Ninguém é toda fortaleza e sabedoria, as coisas coexistem, há vertigem, há desespero, há tristeza, há angústia, incrédula permaneço, mas não deixo com que esta dor me cristalize, me hipnotize. 
E eu sei que por tudo ter sido tão intenso e verdadeiro, que isso ainda fará parte de mim por muito tempo, apesar de preferir ser otimista e esperar me surpreender, como tenho me surpreendido comigo. Por tanto, se há algo que ainda acredito é o que tem a ver com minha concepção de vida e que me leva a uma vivência mais adaptativa, é a necessidade de transformar tudo em útil, é a necessidade de buscar uma compreensão e um conforto maior através das palavras. 

Algumas perdas são realmente necessárias, há quem leia isto e se recuse a ver aproveitamento na perda, tamanha dificuldade de ver outras perspectivas, outras possibilidades de lidar com a dor, tamanha visão dela como um monstro assustador. Eu por muito tempo encarei a perda desta maneira, afinal, algumas problematizações fogem às nossas possibilidades, principalmente quando se é muito nova e sem muitas experiências de vida, mas a vida ensina. 

Ninguém disse que seria fácil, mas todos dizem que passa. E porque será que sofremos tanto com a perda? Simplesmente porque temos a tendência a querer permanecer na zona de conforto, temos muito receio do novo, do desconhecido, do nunca antes sentido. Afinal, mudar requer força, muitas vezes sacrifício, coragem e muito trabalho. 

Prefiro assim, encarar as perdas não só como a morte de algo ou alguém, mas também como o nascimento de um novo ciclo, duma nova fase, duma nova aurora, outrora camuflada, que jamais poderia ser acessada se a perda não tivesse se dado. Por mais que a perda doa, ela pertence ao próprio ciclo da vida, é a lei da transitoriedade, onde a perda já não é mais vista sob a lei do sacrifício, e sim como parte de um processo de mudança, que faz parte do próprio ciclo vital e sem a qual a vida perderia seu movimento, sua dinâmica natural. 

E é me dedicando a estes e outros pensamentos que caminho reflexiva, buscando analisar e traçar novos possíveis sentidos e caminhos disponíveis ou passíveis de serem construídos em minha vida.