segunda-feira, 13 de junho de 2011

SEGUNDA-FEIRA, 13 DE JUNHO DE 2011

VISITA AOS AMIGOS SOLIDÁRIOS DO RIO DE JANEIRO

Hoje nós do Grupo Amigos Solidários estamos viajando para o Rio de Janeiro, para conhecer o Grupo Amigos que lá foi fundado por Márcia Torres e que teve sua primeira reunião no dia 25 de abril.
Estamos muito FELIZES em fazer esse ENCONTRO SOLIDÁRIO!!!

Grupo Amigos Solidários em reportagem na Revista TOP VIEW

Top View edição de MAIO


Saímos na Matéria: Quando elas se unem


Amor de mãe pode tudo e não conhece limites. Imagine, então, o que acontece quando elas se unem e lutam por uma causa.

SUPERAR SEM ESQUECER


O GRUPO: Amigos Solidários na Dor do Luto

A CAUSA: Apoiar as pessoas que estão vivenciando a dor de ter perdido alguém.

A HISTÓRIA: Surgiu em 1998 com Rosana Figurelli, que havia perdido o filho Carlos, de 18 anos. Precisando de apoio, foi á procura de algum grupo assim, que ela sabia existir no exterior, e descobriu que não havia nada parecido em Curitiba. Decidiu fundá-lo e dedicou-o à Nossa Senhora das Dores. A atual coordenadora, Zelinda De Bona, foi procurar apoio quando perdeu o neto, de 14 anos. "Fui convidada pela Rosana para coordenar o grupo, pois ela deixou a cidade, e hoje dedico uma grande parte do meu tempo a acolher, ouvir e ajudar essas pessoas, em sua maioria mães."

AS VITÓRIAS: "Gostaria de estar todas as segundas-feiras com a porta aberta e que nenhuma mãe aparecesse, quem ali entra é portador da maior dor que um ser humano pode sentir", diz Zelinda. Infelizmente sempre aparecem novas, precisando de ajuda. "O luto compartilhado é amenizado. Para nós, é uma vitória quando vemos aquela mãe ajudando, confortando, dando carinho para as outras que estão chegando pela primeira vez."

OS PLANOS: "Pretendemos cada dia ser mais solidárias com essas mães, porque elas precisam falar e contar a sua história, pois os parentes, amigos e familiares não tem paciência para escutá-las e o grupo está lá para acolhê-las." Além das mães, o grupo dispõe de psicológos e pessoas capacitadas para ajudar.


AMIGOS SOLIDÁRIOS NA DOR DO LUTO: Reuniões segundas-feiras na ala de Psicologia na Universidade Federal do Paraná (Praça Santos Andrade), sala 118, às 14:30. Tel.: 3252 5016.
www.amigossolidariosnoluto.blogspot.com

"QUANDO AS MÃES SE UNEM, SÃO COM SEQUOIAS, ELAS SE APOIAM, UMA SEGURANDO E APOIANDO AS OUTRAS DAS TEMPESTADES E FURACÕES QUE CHEGAM INESPERADAMENTE."
Zelinda De Bona

QUINTA-FEIRA, 9 DE JUNHO DE 2011


"Entendi melhor a morte", diz Cissa Guimarães sobre a terapia do luto; entenda o tratamento

·   
Cissa Guimarães, atriz que optou pela terapia do luto após perder o filho no ano passado

"A terapia do luto foi fundamental para que eu conseguisse sobreviver à maior dor de um ser humano", diz a atriz Cissa Guimarães, em entrevista exclusiva ao UOL Comportamento, se referindo ao filho Rafael Mascarenhas, que morreu atropelado aos 18 anos, em julho de 2010. "Consegui isso com a ajuda terapêutica de Adriana Thomaz. Com ela, entendi melhor a morte, como fazer a conexão com o amor do meu filho e como reaprender a viver."

A terapeuta Adriana Thomaz define a terapia do luto como o cuidado oferecido a uma pessoa que sofreu uma perda significativa. "O luto é uma fase de transição. Essa terapia, portanto, é uma abordagem comportamental, breve e focal, centrada na pessoa e que dá novo significado à sua vida”, explica ela , que é médica, trabalha na área há mais de dez anos e é a profissional que cuida de Cissa.
Quando iniciada logo após à morte, a terapia do luto é, também, um tipo de aconselhamento para as tarefas básicas, como tomar a decisão de ir ou não ao velório, de ver ou não o corpo, levar as crianças ao enterro (e o que dizer a elas), se será positivo participar de rituais religiosos, voltar ou não para casa e o que fazer com os pertences do ente querido...

"A terapia facilita o reconhecimento dessas tarefas, que não podem ser evitadas ou apressadas, permitindo que o enlutado se organize para elaborar a perda, assim como estabeleça sua rede de apoio e busque sua espiritualidade -religiosa ou não”. Além desse acompanhamento inicial, consultas auxiliam a enxergar a realidade e encarar a vida.

Adriana passou a atender Cissa Guimarães cerca de três dias após a morte de Rafael. "Em primeiro lugar, tive que detectar os instrumentos que eram mais importantes para ela, que a faziam continuar a ter vontade de viver. Percebi que o trabalho como atriz era vital, assim como o carinho do público", conta a especialista. "Cada caso é um caso, mas, no geral, a abordagem é procurar o que dá sentido àquela vida e tentar reerguer a pessoa", explica.

Cissa Guimarães diz que acha que esse tipo de acompanhamento é de extrema importância para quem passa por perdas graves. "Nosso mundo ocidental lida muito mal com a morte. Precisamos aprender a aceitá-la e transmutar esta dor em força. E é exatamente isso que a terapia do luto nos ensina."
O empresário carioca Fernando Malheiros, de 71 anos, conta que sua mulher, Vera, faleceu em 25 de julho de 2009, depois de 43 anos de casamento. “Eu iniciei o tratamento depois de um ano da perda da minha mulher e posso afirmar que, em três meses de terapia, me tornei outra pessoa. Acho que todos que passam por um trauma como esse deveriam procurar uma ajuda do tipo. Em vez de sofrer a ausência da Vera, passei a sentir sua presença constante e é isso que me fortalece."
Sem medo
Segundo Adriana, uma das vantagens da terapia do luto é que o paciente tem um espaço seguro para expressar sua tristeza, sua revolta ou qualquer tipo de sentimento e pensamento sobre a morte, sem receios. O paciente pode chorar, se abrir, deixar de lado o medo de desestruturar os familiares, magoar entes queridos, assustar os filhos e não se preocupa se deve ou não demonstrar suas fraquezas.
"A terapia reassegura ao enlutado que ele não está ficando louco por estar experimentando sentimentos novos, desconhecidos e até contraditórios", resume Adriana, que exemplifica: "Uma viúva que perde o marido, que apresentava demência há anos, fica confusa por se sentir aliviada com sua morte, apesar de profundamente triste". E ela conclui que, no processo, há a preocupação em explicar que cada um tem sua maneira de expressar o luto e não existe certo e errado.
O tratamento

Um paciente da terapia do luto precisa de acompanhamento que varia, geralmente, de três a seis meses. No início do tratamento, o indicado é visitar o profissional duas vezes por semana. Conforme o progresso do paciente, as sessões se tornam semanais e, posteriormente, quinzenais -até que o paciente receba alta. De acordo com a terapeuta Adriana Thomaz, ainda existem poucos especialistas em luto no Brasil (e a maioria atua na capital paulista). Quem sofreu uma perda pode recorrer a outros especialistas. Adriana orienta, porém, que é importante esclarecer o objetivo do tratamento ao médico ou 

Nenhum comentário:

Postar um comentário